quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Dia do Nutricionista




Nossa homenagem a todos os profissionais e especialmente a nossa nutricionista clínica e esportiva Myrla Merlo, por toda dedicação e profissionalismo. Parabéns!


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Dor no quadril e nos joelhos pode ser 'ressaca da evolução', indica estudo


Cientistas da Universidade de Oxford dizem que uma "ressaca da evolução" poderia ajudar a explicar por que seres humanos sofrem tanto com dores nos ombros, nos quadris e no joelho.

Eles prevêem que, mantidas as tendências atuais, os humanos do futuro devem sofrer ainda mais com problemas do tipo.

O estudo analisou 300 espécimes de diferentes espécies da linha da evolução humana abrangendo 400 milhões de anos para observar como os ossos mudaram sutilmente através dos milênios.

Puderam, assim, acompanhar as alterações nos ossos conforme o homem foi evoluindo até conseguir ficar de pé sobre as duas pernas.

Outros pesquisadores já tinham notado particularidades da evolução na formação óssea das pessoas. Algumas pessoas tem uma coluna vertebral mais encurvada, mais semelhante à de nossos parentes mais próximos, os chimpanzés, e que, por isso, são mais propensas a ter dores nas costas.

Paul Monk, que liderou a pesquisa do Departamento de Ortopedia, Reumatologia e Ciências Músculo-esqueléticas, quis saber por que tantos pacientes de sua clínica tinham problemas ortopédicos semelhantes.

"Nós vemos alguns problemas muito comuns na clínica. Dor nos ombros quando se levanta o braço para cima da cabeça, dor na frente dos joelhos, artrite no quadril e, em algumas pessoas mais novas, articulações com tendência a estalar", explicou.

"Nós ficávamos imaginando como nós pudemos chegar a esse arranjo bizarro de ossos e articulações que faz com que as pessoas vivam cheias de dores e com esses problemas."

"Aí percebemos que a chave estava no estudo da evolução."

A equipe analisou tomografias detalhadas de 300 espécimes pré-históricos guardados no Museu Natural de História em Londres, e no Smithsonian Institution, em Washington.

Reunindo os arquivos, eles conseguiram criar uma biblioteca de modelos 3D e conseguiram visualizar as formas de ossos separadamente ao longo de milhões de anos.

Conforme as espécies evoluíam - de quando andavam de quatro até poder se levantar e andar de forma ereta -, pesquisadores notaram mudanças como um aumento no colo do fêmur para suportar o peso extra.

E estudos mostram que, quanto mais grosso for o colo do fêmur, mais propensão a pessoa terá para desenvolver artrite.

Cientistas dizem que essa é uma possível razão para humanos estarem suscetíveis a tantas dores no quadril.

A equipe, então, usou seus dados para arriscar um palpite sobre a forma dos ossos humanos daqui a 4 mil anos.

"O que é interessante é que se tentarmos projetar essas tendências lá para frente, a forma dos ossos que está por vir é de um colo do fêmur ainda mais grosso, que marcaria uma tendência a se ter ainda mais artrite."

No ombro, os cientistas descobriram que uma lacuna natural - onde os tendões e os vasos sanguíneos normalmente passam - ficou mais estreita ao longo do tempo.

Esse espaço menor, segundo os cientistas, faz com que seja mais difícil para os tendões se movimentarem e pode ser a explicação para por que tantas pessoas sentem dor quando levantam os braços para cima da cabeça.

Usando essas previsões, os pesquisadores sugerem que as próteses de articulações do futuro terão de ser redesenhadas para acomodar as formas dos ossos evoluídos.

Mas eles garantem que nem tudo é má notícia: a correta psicoterapia e exercícios para manter uma boa postura podem ajudar a acabar com algumas desvantagens do nosso "corpo evoluído".


Fonte: BBC

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Como manter o corpo aquecido no Inverno


É verdade que a gente queima mais gordura no frio? Porque será que sentimos tanta fome no inverno? A nutricionista clínica e esportiva Myrla Merlo, da Clínica Da Matta Fisio, em BH, explica que a forma com que o nosso corpo ganha energia parece com o motor de automóvel. "A energia química da gasolina é liberada durante a queima do combustível e o motor transforma em energia mecânica (trabalho) que movimenta o veículo. Mas cerca de 75% dessa energia que vem da queima da gasolina é perdida na forma de calor. Num motor elétrico mais de 90% dessa energia é transformada em trabalho". 

A nutricionista completa que nos alimentos, a energia química é liberada devagar e acontece durante a queima dos açúcares e gorduras armazenadas. "No nosso organismo esse trabalho parece com o motor a gasolina: eficiência de 30%. No automóvel então, essa perda significa um gasto desnecessário a cada reabastecimento. Mas, nos seres vivos, o corpo usa o calor que sobra para aquecer o organismo melhorando o funcionamento das células, tecidos e sistemas", contou Myrla.

A produção de calor pode ser dividida em duas categorias:

1-Termogênese obrigatória: aquele calor que o corpo produz pra nos manter vivo. Acontece se estamos dormindo ou acordado, em temperatura ambiente e com jejum de pelo menos 12h. 

2-Termogênese Facultativa: aquele calor produzido com as atividades do dia a dia, esportes, tremor muscular quando sentimos frio, etc. 

Ela lembra do urso, que hiberna e fica meses sem alimentos ou líquidos. Ele consegue modular a termogênese obrigatória e diminui a necessidade de energia pra sobreviver. Caso raro na natureza. Mas, como ele não morre de frio? "Nós, animais, temos um tecido-órgão que se chama Gordura Marrom (Tecido Adiposo Marrom-TAM) que queima gordura para produzir calor e previne a hipotermia. Nos humanos ele está muito presente nos recém nascidos para manter a temperatura do corpo. Uma série de estudos recentes mostrou que essa gordura marrom também existe nos adultos, mas em uma quantidade muito menor que o Tecido Adiposo Branco (especializado em armazenar gordura)", citou Merlo. 

As pesquisas mostram que para cada grau centígrado abaixo de 23°C, nosso corpo gasta de 25 a 37 calorias (graças ao TAM) para manter a temperatura do nosso corpo normal (cerca de 36.5°C). Ou seja, se você passou pelo frio das últimas semanas em lugares onde a temperatura teve mínimas de 3°C, paradinho gastou 500-740kcal/dia. "Só que com o frio nosso organismo entende que temos que comer mais para manter a temperatura. Por isso, a fome desesperadora. Sem contar na preguiça de fazer atividade física. Assim, não costumamos ver a silhueta diminuir no inverno. Uma boa saída na alimentação seria optar por chás sem açúcar, sopas menos calóricas, evitar excesso de alimentos gordurosos e claro, manter a atividade física", garantiu a nutricionista.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Correr prejudica mesmo os joelhos? Estudos dizem que não é bem assim...


Não é raro ouvirmos que a corrida é prejudicial aos joelhos. Essa ideia é embasada em grande parte pelas estatísticas de lesão dessa articulação entre os corredores: aproximadamente 30% deles apresentam dores no joelho. Porém, a porcentagem de pessoas que não correm e queixam-se do mesmo problema também é de aproximadamente 30%, chegando até mesmo a 41% em alguns levantamentos. Portanto, existem dúvidas se correr é mais perigoso para o joelho do que poupá-lo, sem essa atividade física.

Vários pesquisadores da área da saúde vêm apontando essa contradição há alguns anos, e recentemente mais evidências foram divulgadas sugerindo que correr não prejudica o joelho, e pode até ser benéfico para ele. Um estudo publicado em dezembro de 2016 colheu sangue e líquido sinovial do joelho (substância que lubrifica as articulações) antes e depois de 30 minutos de corrida. Os resultados mostraram que a corrida diminuiu a quantidade de células que causam inflamação na articulação e desgaste no joelho, o que abriu espaço para a discussão dos pontos positivos da corrida para a saúde da articulação. Porém, esses resultados ainda são muito preliminares, pois a quantidade de participantes da pesquisa foi restrita devido às dificuldades de retirada do líquido sinovial do joelho.

Outra pesquisa, publicada em Fevereiro, reforçou resultados de que não há associação entre a prática de corrida e um maior risco de desenvolvimento de osteoartrose (desgaste no joelho). Eles olharam o histórico de 2637 pessoas entre 2004 e 2014, corredoras e não corredoras, analisando episódios de dor, radiografias e nível de atividade física. Os corredores não tiveram mais osteoartrose em relação àqueles que não corriam.

Uma das hipóteses para justificar porque os corredores não desenvolvem mais casos de osteoartrose é que eles, em geral, apresentam menor peso, o que contribuiria para amenizar a sobrecarga sobre o joelho em comparação a pessoas que não correm e estão acima do peso.

Ainda há muito para se descobrir sobre corrida e lesões, porém, falando especificamente sobre o risco de osteoartrose, ou seja, desgaste no joelho, as evidências vêm cada vez mais mostrando que não há razões para se preocupar, e que a atividade física é mais indicada do que uma vida sedentária.


Fonte: Eu Atleta