O mal de Alzheimer é causado por uma
variedade de doenças no cérebro que afetam a memória, o pensamento, o
comportamento e a habilidade de realizar atividades cotidianas. E essa doença é
hoje a causa mais comum de demência, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Os
sintomas mais comuns são: perda de memória, confusão, irritabilidade e
agressividade, alterações de humor e falhas de linguagem. Segundo o médico José Luiz Costa, a realização de exercícios regulares e
atividades de convivência por idosos com a doença e seus cuidadores têm papel
fundamental no tratamento contra a progressão do Alzheimer.
Além disso, o médico destaca que essas
atividades melhoram a qualidade de vida das pessoas que sofrem dessa condição.
“A medicina tem variado ao longo do tempo os protocolos de tratamento com
intervenção motora a partir de tarefas que associam a atividade motora com a
cognitiva, musculação, atividade física generalizada, exercícios aeróbicos e
exercícios realizados na esteira ergométrica por idosos com Alzheimer. Há ainda
protocolos de treinamento funcional que vêm mostrando benefícios contra a
progressão da doença de Alzheimer, principalmente nos distúrbios que acompanham
a doença, que são os distúrbios de comportamento, humor ou neuropsiquiátricos”,
explica Castro.
Pesquisa apresentada pela Sociedade de
Radiologia da América do Norte revelou que estilo de vida saudável,
especialmente com a prática frequente de atividade física, pode surtir efeitos
positivos sobre doenças neurodegenerativas. O estudo acompanhou, por 20 anos,
876 idosos com mais de 78 anos e concluiu que estilo de vida ativo, com a
prática regular de exercícios, está associado a um maior volume da massa
cinzenta do cérebro, inclusive entre pacientes com comprometimento cognitivo
leve ou Alzheimer. Essa região cerebral está envolvida na cognição e o seu
encolhimento é associado a piores quadros de doenças mentais.
Costa destaca que o exercício,
principalmente aqueles que promovem maior gasto de energia, pode reduzir a
gravidade da demência. “Paralelamente às atividades físicas com intervenção
motora e cognitiva, é preciso investir também no convívio social em que os
idosos façam atividades de convívio com outras pessoas, em conversas, alguns
exercícios e caminhadas, dentro de uma diversidade de outras tarefas, pois temos
observado que esse protocolo também tem trazido bastante benefício aos
portadores”, completa o especialista.
Fonte: Jornal da Manhã
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