terça-feira, 6 de agosto de 2013

Qual o papel do pai na vida de um filho?

 
11 de agosto é dedicado ao Dia dos Pais e uma psicóloga explica a função deles na vida do filho.
O passar do tempo e o movimento feminista iniciado na década de 70, trouxeram algumas mudanças no papel do pai.  Cada sociedade, com sua especificidade cultural, é que delimita os papeis paternos. Na nossa sociedade, é esperado que um pai desempenhe a função de educar, sustentar, proteger e transmitir as regras sociais.
Porém, a psicóloga Cecília Cruvinel Colmanetti, da clínica Da Matta Fiso, em Belo Horizonte, explica que nem sempre é o pai biológico que cumpre essa função. “Ela também pode ser feita por um tio, irmão, amigo da família e às vezes até figuras femininas. O pai é aquele que além do papel cumpre sua função, ou seja, aquele que auxilia o filho a se inscrever na cultura e nas normas sociais”.
Além disso, conviver com quem gerou o filho não é uma necessidade absoluta, já que outras pessoas podem ocupar esse lugar de maneira tão ou mais amorosa e dedicada. Portanto, ela alerta que a ausência paterna é sim um vazio na história de vida de uma pessoa, podendo ser causador de grande sofrimento e até adoecimento psíquico.
Como manter uma boa relação entre pai e filho
Segundo a especialista não há uma formula mágica para conseguir manter uma boa relação entre pai e filho. “O pai geralmente é associado à uma figura responsável pela autoridade e disciplina, mas esse modelo vem mudando. É importante que além de regras e normas, ele consiga conversar com seu filho para conhecê-lo e ajudá-lo”, ressaltou.
A psicóloga acrescenta que é fundamental saber proteger e educar com afeto, transmitir amor e segurança. “São nas primeiras relações da vida que obtemos subsidio para nos relacionar com o resto do mundo. O filho sabe que pode respeitar e contar com um pai que por sua vez sabe ouvi-lo, acolhê-lo e respeitá-lo”.
Também não existe uma regra se são os meninos ou meninas que se identificam melhor com o pai. “É natural que a identificação do menino aconteça com o pai e da menina com a mãe. No entanto, no sentido popular, as meninas geralmente se dão melhor com o pai e os meninos com a mãe. Isso porque acaba existindo uma certa rivalidade entre mãe x filha e pai x filho, mas não é uma regra”, afirmou Cecília.

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