11 de agosto é dedicado ao Dia dos
Pais e uma psicóloga explica a função deles na vida do filho.
O passar do tempo e o movimento feminista
iniciado na década de 70, trouxeram algumas mudanças no papel do pai. Cada sociedade, com
sua especificidade cultural, é que delimita os papeis paternos. Na nossa
sociedade, é esperado que um pai desempenhe a função de educar, sustentar,
proteger e transmitir as regras sociais.
Porém,
a psicóloga Cecília Cruvinel Colmanetti, da clínica Da Matta Fiso, em Belo
Horizonte, explica que nem sempre é o pai biológico que cumpre essa função. “Ela
também pode ser feita por um tio, irmão, amigo da família e às vezes até
figuras femininas. O pai é aquele que além do papel cumpre sua função, ou seja,
aquele que auxilia o filho a se inscrever na cultura e nas normas sociais”.
Além
disso, conviver com quem gerou o filho não é uma necessidade absoluta, já que
outras pessoas podem ocupar esse lugar de maneira tão ou mais amorosa e
dedicada. Portanto, ela alerta que a ausência paterna é sim um vazio na história
de vida de uma pessoa, podendo ser causador de grande sofrimento e até
adoecimento psíquico.
Como
manter uma boa relação entre pai e filho
Segundo
a especialista não há uma formula mágica para conseguir manter uma boa relação
entre pai e filho. “O pai geralmente é associado à uma figura responsável pela
autoridade e disciplina, mas esse modelo vem mudando. É importante que além de
regras e normas, ele consiga conversar com seu filho para conhecê-lo e ajudá-lo”,
ressaltou.
A
psicóloga acrescenta que é fundamental saber proteger e educar com afeto,
transmitir amor e segurança. “São nas primeiras relações da vida que obtemos
subsidio para nos relacionar com o resto do mundo. O filho sabe que pode
respeitar e contar com um pai que por sua vez sabe ouvi-lo, acolhê-lo e
respeitá-lo”.
Também não existe
uma regra se são os meninos ou meninas que se identificam melhor com o pai. “É
natural que a identificação do menino aconteça com o pai e da menina com a mãe.
No entanto, no sentido popular, as meninas geralmente se dão melhor com o pai e
os meninos com a mãe. Isso porque acaba existindo uma certa rivalidade entre
mãe x filha e pai x filho, mas não é uma regra”, afirmou Cecília.
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