sexta-feira, 30 de junho de 2017

Os benefícios do treinamento funcional


O treinamento funcional privilegia o uso de cada articulação do corpo exatamente para a sua devida função do dia a dia. Parece óbvio, mas não é. Um exemplo? O abdômen serve para estabilizar o tronco e não apenas para fazer flexões, como ocorre durante a prática de abdominais.

É por isso que no treinamento funcional o músculo abdominal é trabalhado em isometria (quando a musculatura exerce um trabalho estático, sem movimento ou deslocamento articular), ou seja, estabilizando o tronco frente a um estímulo contrário.

Já as articulações que geram movimento, como as do quadril, são trabalhadas em movimentos amplos, onde todo o corpo está desperto e ativo durante o exercício. Assim também é em relação à articulação do joelho. Sua função é estabilizar o movimento gerado pelo tornozelo e pelo quadril.

Durante a musculação convencional, o aluno que precisa reforçar os músculos extensores do joelho senta em uma mesa e se põe a estender a perna para cima, com as coxas queimando de dor. Mas esse movimento existe no seu dia a dia?

O treinamento funcional troca esse exercício por um agachamento unilateral, também conhecido com “afundo”. No começo, as dificuldades para equilibrar-se podem ser maiores, mas o encontro deste ponto de equilíbrio faz parte da busca pelo objetivo final do exercício.

Em resumo, o treinamento funcional busca otimizar as principais funções do corpo: agachar, puxar, empurrar, saltar, correr, estabilizar, lançar. Seu objetivo é ampliar a capacidade das valências físicas (força, resistência, flexibilidade, agilidade, potência) com um treino progressivo e bem orientado.

E como os movimentos exigem bastante força, eles também geram hipertrofia nos músculos, sendo uma alternativa consciente à musculação regular. Durante a prática do treinamento, basta orientação de postura e calma na progressão.

Aos poucos o corpo vai reaprendendo movimentos simples, esquecidos no cotidiano, e a carga pode subir. O resultado é ganho de força, equilíbrio e mobilidade!


Fonte: Bem-estar 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Estudo aponta por que as pessoas respondem de maneiras diferentes a atividades físicas


Na prática de atividades físicas, algumas pessoas respondem melhor que outras. Um estudo de uma universidade japonesa indica que uma proteína poderia influenciar nesse desempenho nos exercícios. A substância seria a selenoproteína P e altos níveis dela no sangue influenciariam na capacidade de resistência.

Os pesquisadores da Universidade Kanazawa fizeram testes em ratos e em mulheres sedentárias. Aqueles com a proteína em maior quantidade no organismo tiveram resultados piores no desemprenho em atividades aeróbicas.

A descoberta poderia ajudar ainda na formulação de medicamentos para doenças associadas a vida sedentária.

— A prescrição do treinamento, muitas vezes, é o que não é compatível com a pessoa e ela deixa de querer praticar. Reduzir esses e outros muitos aspectos a uma proteína é simples demais. Ela sozinha não faz isso — opina Ricardo Munir Nahas, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Na prática de exercícios físicos, ele explica, há influências ambientais, de personalidade, genética e fisiológica.

— Há quem durma pouco e não tenha estimulo hormonal adequado, por exemplo — diz o médico que indica a busca por uma atividade que dê prazer e não um fardo.

Para os idosos

Na terceira idade, a excreção (saída) hormonal tende a cair e a atividade física é uma aliada na saúde física e emocional.

— Esta prática resulta na independência do idoso, reduzindo risco de queda e complicações relacionadas a imobilidade, como trombose e feridas na pele, além de estimular a melhora cognitiva e da socialização — diz o geriatra Rodrigo Serafim, do Hospital Copa D’Or.


Fonte:SBMEE

quinta-feira, 22 de junho de 2017

6 sinais que você está comendo gordura demais

 
 
Quando se come gordura em excesso, o nosso corpo manda sinais de que ele não está bem, e é preciso dar uma parada no consumo.

Para saber quais são esses sinais, confira a nossa lista:

1. Você é dependente de antiácidos

Se remédios e antiácidos já fazem parte da sua rotina logo que você toma o café da manhã, seu sistema digestivo pode estar sofrendo com os efeitos de gordura em excesso. A gordura saturada demora mais para ser digerida, então quando você consome alimentos ricos em gordura, pode sofrer com queimação e problemas de digestão frequentes. Nesses casos, poderá acabar abusando dos antiácidos para alívio de problemas estomacais, o que pode indicar alto consumo de gordura.

2. Você está com o colesterol alto

Muita gente pode achar que o nível de colesterol está diretamente ligado ao peso do corpo, o que não é uma verdade. Apesar de poder ser induzido pela carga genética, o colesterol alto está ligado ao consumo de gordura saturada pelo corpo, o que pode aumentar doenças cardíacas. Se o seu colesterol está muito alto, fique atento ao consumo de gordura, não consumindo muito mais de 10 gramas por dia para cada 2 mil calorias da dieta.

3. Você está com muita gordura localizada

Consumir qualquer alimento não saudável em excesso pode causar o ganho de peso inesperado, mas quando se fala de gorduras saturadas o ganho é ainda mais considerável. Um estudo sueco descobriu que participantes que consumiam maiores doses de gordura ao longo de sete semanas ganharam muito mais gordura localizada na cintura do que os que comeram os mesmos pratos com versões mais saudáveis de gordura.

4. Você não cozinha com óleo

Se ao fazer os seus pratos dentro da cozinha costuma utilizar mais manteiga ou margarina do que óleo, pode estar dando uma força para a ingestão de gorduras. A maior parte da gordura consumida dessa forma é saturada e não faz bem para a saúde. Ao invés de cozinhar com manteiga ou margarina, prefira a utilização de óleo vegetal, que é mais saudável e possui menos quantidades de gorduras prejudiciais.

5. Você consome muitas frituras

As comidas fritas em óleo podem parecer maravilhosas para o seu paladar, mas não provocam os mesmos efeitos positivos no resto de seu corpo. Esses alimentos são ricos em gorduras trans, que elevam os níveis de colesterol no seu sangue e podem até mesmo afetar a produção de insulina, gerando riscos de diabetes. De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas de Harvard, a cada 2% de caloria consumida de gordura trans diariamente, o risco de doenças do coração aumenta em 23%.

6. Você sofre com perda de memória

Se você está com problemas para se lembrar de nomes, datas ou até mesmo lembranças recentes do seu dia, isso pode ter alguma relação com a sua dieta. De acordo com pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital, de Boston, nos Estados Unidos, mulheres que consumiam maiores quantidades de gorduras saturadas tinham memória muito pior do que as outras. A análise foi feita sobre a dieta de 6 mil mulheres ao longo de quatro anos. Para evitar os danos no cérebro, é recomendado trocar manteiga por óleo e carne vermelha por branca, como de peixe.
 
 
 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Fisgada? Saiba tratar lesão no adutor da coxa, comum em corrida e futebol


Sentir uma dor no músculo adutor significa que você sofreu uma lesão aguda nos músculos da virilha na parte interna da coxa. Embora vários músculos diferentes possam ser feridos, os mais comuns são o adutor longo, curto, magno e o grácil. 

Estiramentos nessa região refletem na unidade músculo-tendão, devido à contração vigorosa, muitas vezes durante uma carga excêntrica. Esse termo refere-se a uma contração muscular enquanto o músculo está alongando, versus concêntrico, em que o músculo encurta durante a contração. A maior parte do levantamento de peso envolve contração concêntrica.

As lesões podem ocorrer na origem muscular ou inserção, na junção músculo-tendão, ou dentro do corpo do músculo da região. Geralmente, ocorrem nesta junção. De forma pouco comum, a lesão do tendão ocorre no local de sua ligação com osso. Estiramentos podem ser graduados de um a três, com base na sua gravidade.

Grau 1 - envolve uma lesão leve com algum sangramento, mas sem interrupção significativa da fibra.
Grau 2 - envolve lesão das fibras, mas a integridade geral da unidade é preservada.
Grau 3 - envolve interrupção total das fibras levando a uma perda de integridade do tendão. A maioria das linhagens de músculo adutor são de grau 1 ou 2.

CAUSAS

As lesões ocorrem durante a contração muscular aguda, como quando chutamos, corremos ou patinamos. Fatores que podem predispor um paciente à lesão e os riscos aumentam com:

- Esportes envolvendo aceleração, como corrida, futebol e tênis.
- Esportes com movimentos repetidos, como artes marciais e ginástica.
- Falha no aquecimento, alongar incorretamente ou fadiga por uso excessivo.
- Despreparo físico, musculatura adutora despreparada.

Quais são os sinais e sintomas?

Súbito início de dor, às vezes acompanhado pela sensação de um estalo na parte interna da coxa. Incapacidade de continuar a atividade após o início inicial da dor.

COMO É DIAGNOSTICADO?

História e exame físico são geralmente suficientes para estabelecer o diagnóstico. Os achados físicos incluem sensibilidade à palpação (toque), hematomas na parte interna da coxa e, às vezes, inchaço e calor sobre o local da lesão. Se for um caso mais grave, pode haver um defeito palpável sobre o local da ruptura, embora isso seja incomum.

O teste de amplitude de movimento do quadril geralmente é normal, mas a dor é reproduzida quando o paciente é solicitado a contrair os músculos. Neste caso, pedir ao paciente para trazer sua perna para a linha média (adução da perna) reproduz a dor e é geralmente acompanhada de fraqueza.

Os raios X são quase sempre negativos, mas são apropriados nos casos em que há suspeita no local de inserção óssea ou em atletas/pacientes esqueleticamente imaturos. Em crianças, locais de fixação de unidades de músculo/tendão são vulneráveis ​​à fratura e são mais fracos do que os músculos/tendões.

A RM é indicada em atletas profissionais de elite, nos quais um conhecimento preciso da localização e extensão da lesão pode ajudar na estimativa do retorno à atividade ou, em casos raros, ajudam a identificar quaisquer casos que possam exigir tratamento cirúrgico.

COMO É TRATADO

A maioria das lesões musculares adutoras respondem ao tratamento conservador. O tratamento inicial inclui modificação da atividade, que pode incluir, temporariamente, muletas. O gelo e a medicação anti-inflamatória são apropriados para as lesões musculares agudas. À medida que os sintomas melhoram, exercícios suaves de alongamento e fortalecimento são apropriados. Seu médico especialista em esporte pode recomendar um programa de fisioterapia para ajudar com estes exercícios.

A cirurgia para essas lesões raramente é necessária. As lesões por avulsão, em que o tendão é puxado para longe com a sua fixação óssea, podem exigir reinserção cirúrgica. Alguns casos de ruptura completa do tendão do músculo adutor podem exigir cirurgia. O reparo envolve uma incisão aberta sobre o local da lesão e o reatamento da origem do tendão, ou reparo de sutura de tecido. A cirurgia também é necessária em pacientes com dor crônica, cujos sintomas não respondem ao tratamento conservador. 

QUANDO RETORNAR

O tempo fora da atividade varia muito com a extensão da lesão. A maioria começa a melhorar dentro de 10 a 14 dias e continuam a melhorar ao longo de muitos meses. Uma lesão severa pode exigir muletas por várias semanas e levar um período de recuperação mais longo. Alguns pacientes continuarão a lutar com sintomas crônicos leves de dor por mais de seis meses.

COMO PREVENIR?

A maioria (mas não todas) das lesões dos adutores podem ser evitadas através de aquecimento adequado e alongamento antes da atividade. Fortalecimento é fundamental. Se ocorrerem lesões, evite o retorno prematuro às atividades. Treine o gesto esportivo antes para ter certeza que está recuperado!



Fonte: EuAtleta

terça-feira, 13 de junho de 2017

Fisioterapia geriátrica: envelhecer é inevitável, mas é preciso manter a saúde


Envelhecer é inevitável. Mas é possível fazer com que a passagem do tempo não comprometa a saúde e o bem-estar. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a diminuição da mortalidade e o aumento da expectativa de vida, as condições de saúde da população daqui pra frente se modificará e é preciso estar atendo a isso. No ano de 2000, o Brasil já contava com quase 15 milhões de pessoas acima dos 60 anos – 8,6% da população. Nas próximas décadas este processo tende a se intensificar, e calcula-se que, em 2050, existam cerca de 64 milhões de idosos.

Pessoas da terceira idade exigem do profissional atenção e cuidados redobrados. Por isso, os profissionais de todas as áreas da saúde estão buscando cada vez mais informações e conhecmento sobre a melhor forma de tratar este público. Entenda como a fisioterapia geriátrica pode contribuir para um envelhecimento com saúde.

Fisioterapia geriátrica

O corpo humano sofre um desgaste natural no decorrer da vida e é comum a pessoa com idade avançada apresentar alterações e sintomas como:

– Fraqueza muscular

– Degenerações articulares

– Dores e cansaço

– Diminuição da agilidade

– Falta de equilíbrio

Essas alterações não somente evoluem e levam a perda de qualidade de vida, como podem causar complicações como traumatismos e fraturas por quedas, por exemplo.

A fisioterapia geriátrica oferece importantes benefícios às pessoas de terceira idade, tais como a prevenção e diminuição de problemas cardiovasculares, pulmonares, auxilio no controle da diabetes, artrite, doenças cardíacas, fortalecimento muscular, manutenção da densidade óssea entre outros benefícios. Tudo isso proporciona melhorias significativas no equilíbrio, na velocidade de andar, no reflexo, na ingestão alimentar, além da diminuição da depressão e a prevenção da osteoporose (que possui consequências degenerativas graves).

Ela abrange um vasto leque de áreas onde sua atuação é muito benéfica, por exemplo, a terapia física em idosos. A fisioterapia geriátrica pode ser necessária em qualquer fase da vida, porém no idoso tem uma importância não só de tratamento, como de prevenção, o que ajuda na melhora da qualidade de vida. Pois, juntamente com o envelhecimento, surgem as alterações fisiológicas e patológicas que merecem ser tratadas antes mesmo que apareçam. Atualmente, a fisioterapia trabalha com três áreas de atuação: preventiva, terapêutica e reabilitação.

O objetivo é trazer independência para as atividades de vida diária (subir e descer escadas, lavar louça, pentear os cabelos etc), no intuito de minimizar as consequências da idade avançada.

A fisioterapia geriátrica proporciona ao paciente o envelhecimento com qualidade de vida, a melhora notável em sua capacidade de locomoção e equilíbrio, bem como a coordenação dessas funções, o aumento da força muscular e das funções da memória do idoso. Ainda garante a independência e o conforto na realização de atividades por parte dos pacientes idosos no seu dia a dia.

Já é comprovado que a hipertrofia muscular e a força aumentada, tem um impacto substancial nas atividades da vida diária e na atividade funcional do idoso, uma vez que os protege contra lesões. É aí que a fisioterapia geriátrica pode fazer diferença.


Fonte: Terra

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Não comer depois do treino pode causar sérios riscos à saúde


Normalmente recomenda-se que a pessoa faça uma refeição nos 30 minutos a seguir a um treino

Depois de gastar energia durante o exercício físico, o corpo precisa ser reabastecido. Os nutricionistas recomendam que seja feita uma refeição – especialmente carboidrats e proteína – nos 30 minutos a seguir a um treino.

Essa é a forma de restaurar a energia gasta no exercício físico e reparar os micro danos que o treino provoca nos músculos.

Mas, por vezes, o praticante não tem tempo ou simplesmente se esquece de algo para comer. Que efeito isso tem no corpo?

À revista Self, a especialista em medicina esportiva Jennifer Beck explica que “algumas pessoas irão se sentir apenas cansadas, e outras podem ficar desorientadas devido à queda do açúcar no sangue” e até chegar a desmaiar.

A falta de eletrólitos, causados pela transpiração, também pode fazer com que o coração deixe de bater corretamente, provocando arritmia cardíaca ou batimento cardíaco irregular.

Jennifer destaca ainda que ignorar os passos pós-treino que são essenciais para a recuperação, como uma nutrição correta, pode contribuir para a possibilidade de lesões.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Excesso de exercício faz mal à saúde da criança?


Excesso de exercício faz mal à saúde da criança? Essa dúvida, certamente, faz parte das preocupações que frequentemente afetam os pais. Na realidade, o exercício físico só pode causar problemas à saúde da criança em uma única circunstância: quando um adulto impõe, para não dizer obriga, que a criança a cometa exageros esportivos.

Se for dada à criança a liberdade de realizar atividade física de forma expontânea, o risco de excesso nunca existirá. Enquanto a criança realiza atividade física de acordo com suas próprias regras absolutamente não existirá tal exagero. O problema pode passar a existir quando os adultos interferem na atividade física das crianças.

Quando o profissional é competente e dotado do conhecimento necessário para a adequada orientação, a interferência do adulto pode ser extremamente positiva. Por outro lado, quando esta orientação é direcionada de maneira até obsessiva para melhora da performance em determinadas modalidades esportivas, podemos ter sérios problemas.

Por mais que a criança manifeste até certo entusiasmo pela prática de um determinado esporte, devemos ter cuidado com os programas de treinamento aplicados precocemente. Não é raro que um entusiasmo exagerado apareça à medida que a criança percebe que a expectativa de sucesso em competições esportivas provoca uma resposta ansiosa por parte dos pais.

Muitas vezes, existe a situação de a criança estar se envolvendo em uma atividade esportiva e ter como objetivo principal satisfazer a expectativa dos pais. Nesta circunstãncia, qualquer insucesso trará enorme frustração e muitas vezes o abandono da prática esportiva.

As modalidades esportivas que dependem principalmente de força e potência muscular devem ser orientadas de forma muito cuidadosa. A aplicação precoce de exercícios de desenvolvimento da massa muscular se não for muito bem orientada, respeitando os limites impostos pela fase de crescimento e desenvolvimento, poderá interferir de maneira bastante prejudicial à saúde.

A atividade esportiva ideal para a criança é aquela que se caracteriza pelos seguintes aspectos:
  • seja realizada com prazer pela criança, sem imposição dos pais
  • se caracterize predominantemente por exercícios aeróbicos de intensidade moderada e preferencialmente com um componente lúdico
  • seja desenvolvida expontaneamente ou orientada por profissionais competentes
  • tenha como objetivo principal a socialização e o desenvolvimento da saúde física e mental



Fonte: EuAtleta