O treinamento funcional privilegia o uso de cada articulação do corpo exatamente para a sua devida função do dia a dia. Parece óbvio, mas não é. Um exemplo? O abdômen serve para estabilizar o tronco e não apenas para fazer flexões, como ocorre durante a prática de abdominais.
É por isso que no treinamento funcional o músculo abdominal é trabalhado em isometria (quando a musculatura exerce um trabalho estático, sem movimento ou deslocamento articular), ou seja, estabilizando o tronco frente a um estímulo contrário.
Já as articulações que geram movimento, como as do quadril, são trabalhadas em movimentos amplos, onde todo o corpo está desperto e ativo durante o exercício. Assim também é em relação à articulação do joelho. Sua função é estabilizar o movimento gerado pelo tornozelo e pelo quadril.
Durante a musculação convencional, o aluno que precisa reforçar os músculos extensores do joelho senta em uma mesa e se põe a estender a perna para cima, com as coxas queimando de dor. Mas esse movimento existe no seu dia a dia?
O treinamento funcional troca esse exercício por um agachamento unilateral, também conhecido com “afundo”. No começo, as dificuldades para equilibrar-se podem ser maiores, mas o encontro deste ponto de equilíbrio faz parte da busca pelo objetivo final do exercício.
Em resumo, o treinamento funcional busca otimizar as principais funções do corpo: agachar, puxar, empurrar, saltar, correr, estabilizar, lançar. Seu objetivo é ampliar a capacidade das valências físicas (força, resistência, flexibilidade, agilidade, potência) com um treino progressivo e bem orientado.
E como os movimentos exigem bastante força, eles também geram hipertrofia nos músculos, sendo uma alternativa consciente à musculação regular. Durante a prática do treinamento, basta orientação de postura e calma na progressão.
Aos poucos o corpo vai reaprendendo movimentos simples, esquecidos no cotidiano, e a carga pode subir. O resultado é ganho de força, equilíbrio e mobilidade!
Fonte: Bem-estar
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