Você pode ter ouvido a frase “exercício é remédio”. Isso porque o exercício, como correr, é bom para a saúde geral e, especificamente, nossos corações, pulmões, músculos, ossos e cérebros. A corrida também pode ajudar com a perda de peso, reduzir os níveis de colesterol, aumentar o sistema imunológico, combater a depressão, reduzir o estresse e melhorar o humor. No entanto, algumas pessoas estão preocupadas com o que pode acontecer no longo prazo quando se pratica este tipo de exercício. A corrida leva a maiores taxas de artrite e artrose nos joelhos e quadris?
Um estudo publicado na edição de junho de 2017 da Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy® (JOSPT) sugere que a diferença dessas taxas depende da frequência e intensidade da corrida. Os pesquisadores analisaram 25 estudos que incluíram 125.810 pessoas e, ultimamente, selecionaram 17 estudos com um total de 114.829 pessoas. Os autores deste estudo descobriram que apenas 3,5% dos corredores recreativos apresentavam artrite do quadril ou joelho. Isso era verdade para os corredores masculino e feminino. Nestes mesmos estudos, os indivíduos que eram sedentários e não corriam tinham uma taxa maior (10,2%) da artrite do quadril ou do joelho.
A maioria dos estudos que os pesquisadores avaliaram mostrou um aumento no risco de artrite decorrente de atuação focada em corredores que estavam na elite, ex-elite ou nível profissional. Esses atletas profissionais ou de elite ou indivíduos que participaram de competição internacional tiveram a taxa mais alta de artrite do joelho ou do quadril: 13,3%. O estudo atual não avaliou o impacto da obesidade, carga de trabalho ocupacional ou lesão prévia sobre o risco futuro de artrite do quadril e joelho em corredores.
“O estudo publicado muda tudo que se pensava até então, ou seja, ele conclui que a corrida é um fator de cuidado e prevenção de artrose no joelho desde que seja recreacional, praticado de 2 a 3 vezes por semana. A corrida protege o joelho e quadril da artrose quando comparado ao sedentarismo total e, também, se comparado a esporte competitivo”, explica Thiago Fukuda, doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), membro da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (SONAFE) e diretor-clínico do Instituto Trata – Joelho e Quadril.
Fonte: Gazeta Esportiva
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